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PIONEIROS - Conheça a trajetória de Valdemar Ribeiro e suas conquistas para Pacaembu

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Valdemar Ribeiro nasceu em 27 de dezembro de 1941, em Casa Nova (BA) e veio para o Estado de São Paulo junto com os pais e irmãos em 1950.

Filho do casal José Ribeiro da Silva e Bertolina de Andrade Ribeiro, os pais do pacaembuense, casaram-se ainda na adolescência, quando ele tinha 16 e ela apenas 15 anos. Da união do casal, foram gerados 15 filhos: Lourdes, Expedito, Arlinda, Dorniciana, João, Jaime, Raimundo, José, Valdemar, Edmundo, Orlando, Valdeci, Valdenice, Carlos e Rosa Maria. Em Bastos, a família dedicou-se até 1952, ao plantio das lavouras de algodão, amendoim e milho, vindo para Pacaembu na sequência. Valdemar começou a trabalhar na roça ainda criança, quando tinha apenas 8 anos. Quando se mudou para a ‘Cidade Paraíso’, dedicou-se ao trabalho de engraxate junto com seu irmão mais velho, para ajudar o pai a criar os irmãos mais novos. Anos mais tarde, a convite do médico Antônio Freire, conhecido por dr. Baiano (in memorian), Valdemar foi morar e trabalhar em Irapuru no consultório do profissional de saúde. Ao mesmo tempo, trabalhava em um cinema de Junqueirópolis, o qual o médico era um dos proprietários.

O tempo seguiu e Valdemar resolveu aprender um novo oficio, começando a trabalhar em uma encanadora, dando continuidade a profissão do pai.

Seus irmãos mais velhos ficavam em casa; a irmã Arlinda trabalhava em um hotel. Enquanto, três deles - João, Jaime e Raimundo - trabalhavam em uma fábrica de bebidas em Pacaembu.

Seu pai, José Ribeiro da Silva, conhecido por José Foeiro, montou uma oficina, na qual trabalhava com o filho mais velho, Expedito. O pai de Valdemar começou sua carreira profissional em 1939, parando de trabalhar em 1994, falecendo seis anos depois. Sua mãe, dona Bertolina, faleceu em 1967 aos 56 anos.

Em 1964, Valdemar fundou a Encanadora Pacaembu, especializada na prestação de serviços em geral, encanamento, serviços de funilaria, caldeireiro, residências, indústrias e comércio. Passados muitos anos, a empresa adotou o nome de Calhas Ribeiro, que segue com a mesma denominação atualmente, onde trabalha com o filho Márcio e os netos Léo e Bia, especializada na prestação de serviços de calhas e encanamento em gerais, coifas, pingadeira, cimalha, rufos e cobertura metálica.

Em 1965, Valdemar casou-se com Cleusa Espósito e constituíram uma família com três filhos: Wanderley (Vando), Maria Solange e Márcio Wagner, que mais tarde lhe dariam cinco netos: Tatiane Nayara, Ana Beatriz, Márcio Leonardo, Igor e Yasmin. Seus netos por sua vez, deram-lhe quatro bisnetos: João Guilherme, Ana Livia, Rafael e Valentina.

Valdemar ajudou a fundar a Associação do Bairro Esplanada, ocupando a presidência da entidade, onde através de seus projetos, muitas conquistas foram alcançadas: aproximadamente 500 metros de calçadas e muros pelo sistema mutirão, asfalto para doze quadras em conjunto com a Prefeitura e o Estado, conforme relatou ele mesmo.

Ainda, foi responsável pela organização de vários eventos na cidade, entre festas juninas, torneios esportivos etc.

Valdemar, por meio da Associação da Rádio Comunitária Paraíso FM (104.9), conseguiu aliado a função de vereador, conquistar algumas verbas do Estado para Prefeitura, na execução de obras de saneamento no Jardim Marajá e Esplanada, que totalizaram aproximadamente NCr$ 750 mil.

Em 1985, conseguiu o equivalente a Cr$ 150 milhões para apoio as ações de combate a seca, gerando pelo menos 200 empregos e a implantação do ‘sopão’ para os desempregados. Ainda, foi o responsável pela conquista de Cr$ 9 milhões para Santa Casa, 16 cadeiras de rodas e 150 óculos para pessoas carentes. Foi um dos responsáveis pela construção dos sanitários públicos da praça Avamor Berlanga Mugnai (já não existem mais) e a continuidade da galeria da alameda Bonfim. Em audiência com o então governador Orestes Quércia, em 1987, Valdemar que na época era vereador, juntamente com dr. Raul Antônio Pereira - seu colega de legislatura -, conseguiu a liberação de uma ambulância para a Santa Casa. Na mesma ocasião, o governador atendeu várias reivindicações de verbas para a construção do Posto de Saúde e das casas no sistema de mutirão. Ainda, foi aprovado um viaduto, trilhos da Fepasa, que não foram aceitos pela então administração.

Ainda como vereador, conquistou recursos para o desassoreamento de um trecho de quatro quilômetros do córrego Jangada e redes de água e luz para os moradores de várias localidades da cidade, além do Lar dos Idosos e Santa Casa. Estas entidades, ainda contaram por mais de 30 anos de assistência gratuita em virtude de sua profissão.

No campo da saúde, buscou mais de 500 consultas de visão, 17 operações de catarata e aparelhos auditivos, ainda durante a administração Koutiro Sato.

Conseguiu a rede de esgoto, guias de sarjetas e asfalto para trechos da avenida Bauru, Mirandópolis. Criou uma entidade juntamente com um juiz da comarca, para geração de renda para crianças de 11 a 14 anos e o Conselho de Encaminhamento ao Menor de Pacaembu. Na época, a iniciativa beneficiou 80 menores, com o apoio da Justiça.

“Quero agradecer a todos que confiaram e acreditaram em meu trabalho: Indústria de Óleo Pacaembu, Kato, Irmãos Tomo e IrmãosTachiro, indústria de óleo Santa Maria, dos Irmãos Cavicchioli, Irmãos Toda, Cooperativa Cotia, Cooperativa Sul Brasil, Cicap, fábrica de calçados Paulistão, Real Móveis, Irmãos Esteves, Assai, Wolkati Algodoeira”, agradeceu.


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