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MULHER DE FIBRA: aos 87 anos, Adélia Gratão conta sobre sua trajetória em Pacaembu

Mulheres de Fibra


Estou aqui desde o começo. Conheço muita gente e tenho muitos amigos. A relação, no geral, é sempre boa

Nascida em Anhumas (SP), cidade a pouco mais de 100 quilômetros de distância de Pacaembu, Adélia Catarina Gratão chegou a ‘Cidade Paraíso’, vinda de sua cidade natal, quando tinha apenas 13 anos - portanto ainda criança e já na transição para a adolescência.

Adélia veio para Pacaembu com a família para trabalhar no plantio de lavouras de café do bairro São José juntamente com seu pai, Guilherme Riciolli (in memorian), mãe Amabili Bernardi (in memorian) e o irmão Antonio Ricioli Sobrinho (in memorian). Nesta época, Pacaembu ainda não havia sido emancipada a município.

Alguns anos depois, quando completou 18 anos, Adélia uniu-se em matrimonio com José Gratão (in memorian), com quem se manteve casada por 61 anos, até o falecimento de seu esposo em 2011.

Da união entre o casal, nasceram quatro filhos: Maria Aparecida, José Antonio (in memorian), Elizabete Maria e Carlos Roberto.

Seus filhos ainda lhe deram seis netos, que por sua vez lhe deram três bisnetas.

A religião sempre esteve presente na vida de Dona Adélia e foi importante para a formação dos princípios da família e norteou sua atuação na atividade voluntária.

“Cresci dentro da Igreja Católica e há 40 anos integro a Pastoral da Saúde, onde exerço atividade voluntária, visitando os enfermos de nossa comunidade”, disse Adélia.

Ainda, por 66 anos - portanto desde a sua criação - é membro do Apostolado da Oração e também faz parte do Ministério da Eucaristia, onde sua missão é levar comunhão aos católicos enfermos e impossibilitados.

“O trabalho é gratificante. Eu aconselho a quem desejar seguir no voluntariado, que o procure e se dedique”, aconselhou.

Sobre Pacaembu, Dona Adélia não esconde o amor que sente pela ‘Cidade Paraíso’ e por muitas das pessoas que ainda vivem por aqui.

“Estou aqui desde o começo. Conheço muita gente e tenho muitos amigos. A relação, no geral, é sempre boa”, disse.

Pensando no futuro de Pacaembu, considerando que está aqui desde os primórdios da cidade, Adélia não se refuta a dirigir-se às futuras gerações, para que sejam provedoras do desenvolvimento da cidade que viu crescer.

“Acredito que os jovens devem pensar bem, porque o nosso futuro está nessa juventude”, manifestou.

Novamente, a pacaembuense voltou a declarar seu amor incondicional pela cidade que vive até hoje. “Amo Pacaembu. Nunca pensei em trocar a cidade por outro lugar. Tenho ótimos relacionamentos. Tive o privilégio de ter meus filhos todos aqui”, finaliza.


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