Os municípios do Oeste Paulista têm sofrido com a falta de médicos nos postos de saúde. Faltam profissionais como pediatra, cirurgião geral, neurologista e otorrinolaringologista. A Secretária de Saúde de Osvaldo Cruz, Ivete Alves Conca, associa as vagas não preenchidas aos salários oferecidos.
Conca afirma que "quando há concursos abertos, os médicos não se interessam, não se sabe se é pela distância. Porém, há muita dificuldade nas especialidades". Quando um paciente necessita de atendimento especializado, deve ser encaminhado para Marília ou Tupã. "Existe ainda a dificuldade no tempo de agendamento, pois a oferta de vagas é pouca", afirmou a secretária de saúde.
Osvaldo Cruz conta atualmente com cerca de 30 mil habitantes. Para a população há seis postos de saúde da família e cada um com um clínico geral. O município ainda conta com outros 14 médicos especialistas, no entanto, não é suficiente.
O problema também é constatado em Tarabai. A cidade conta com sete médicos. São três profissionais para o programa Estratégia Saúde da Família (ESF), dois especialistas, um plantonista e mais um médico que atende a área rural do município.
Tanto o prefeito quanto o vice tiveram os salários reajustados no mês de julho para que os médicos da saúde pública também pudessem receber melhor, já que um funcionário público não pode ganhar mais que um prefeito. Após a medida, segundo eles, o quadro ficou completo. O prefeito de Tarabai Elias Natalino Pereira afirma que os profissionais trabalham cerca de oito horas e recebem em torno de R$ 10 mil.
Para o sindicato da categoria, Antônio Carlos de Souza, faltam justos salários e não profissionais. "Há um descaso das autoridades na solução do pagamento que não sustenta a necessidade de cada um", pontua Souza.