O chamado de um falso roubo acabou assustando a população que passava pela Praça 9 de Julho, no Centro de Presidente Prudente, por volta das 13h, desta quarta-feira (31). De acordo com a Polícia Militar, a moradora de um prédio localizado em cima de uma farmácia pediu que os funcionários do estabelecimento acionassem a polícia, pois uma pessoa "estranha" teria entrado no seu apartamento.
Conforme relato do tenente da Polícia Militar, Cristiano Sosa, o sensor de presença da moradora foi ativado, o que alertou o movimento no apartamento. "Fomos acionados para atender uma ocorrência, em que seis indivíduos teriam invadido o prédio".
Com a suspeita, 15 agentes, 10 viaturas, duas motos e o helicóptero Águia da Polícia Militar foram chamados para atender a ocorrência.
Logo, os moradores do prédio foram impedidos de entrar ou sair do local, os elevadores foram bloqueados e todos os apartamentos abertos foram vistoriados. No entanto, nenhum bandido foi localizado e nenhum objeto foi levado.
Algumas pessoas que passavam pelas proximidades no momento da suspeita de assalto se assustaram com a movimentação no Centro. A aposentada Lourdes Freitas, de 60 anos, temia que alguma coisa "pior" acontecesse, em razão do grande número de policiais envolvidos. "Eu fico com muito medo, nunca vi uma coisa dessas aqui em Prudente".
O comerciante Paulo de Oliveira, de 55 anos, tem uma barraca de pipoca na frente do prédio há seis anos e disse que preferiu ficar longe. "Fiquei apreensivo, achei que o bandido estava lá dentro e que ia sair atirando a qualquer momento. Eu ia me esconder atrás dos bancos da praça", conta.
Ele conta que o fato inédito supreendeu todos os que passaram pelo local e que as pessoas devem tomar cuidado antes de acionar a PM. "Uma coisa assim marca o Centro e o prédio de forma negativa. Eu estou inseguro. Imagine quem mora no local... A gente tem que ter certeza antes de chamar a polícia para tamanha mobilização", ressaltou Oliveira.
A tensão que assustou os populares foi ainda maior para quem reside no imóvel e precisou ficar do lado de fora. ? o caso da comerciante Andréia Danciguer, que afirmou ter ficado insegura e preocupada, já que as duas filhas estavam no apartamento. "Ninguém deixava subir e eu fiquei muito nervosa. Mas ainda bem que não teve nada", relata.
A mulher que fez a denúncia ao 190 deixou o local e não teve o paradeiro divulgado pelos policiais