Uma semana após o acidente que matou a adolescente Ana Clara Zorneck, de 16 anos, a polícia tem um suspeito que ainda não foi localizado. O ano termina e a pergunta ainda está sem resposta: Quem atropelou Ana Clara? Para a família, restou, além da dúvida, a imensa dor pela perda da jovem.
A sandália que não foi usada e a roupa ainda com etiqueta. A morte de Ana Clara deixou a família cheia de saudades. No quarto que era da filha, os pais olham com tristeza tudo que foi deixado por ela. Forças para abrir o guarda-roupas a mãe, Araci Alves Pereira, só conseguiu hoje, uma semana depois do acidente.
"Tem muitas roupas que ela tinha comprado para o Natal e Ano Novo. Ela tinha muito ciúmes das coisas dela, então vou deixar, o dia que Deus abrir meu coração, vou doar para alguém", disse a mãe de Ana Clara.
Para o pai, Wagner Zorneck, os dias sem a filha têm sido dolorosos. "Acabou com a vida da minha filha e com a nossa. O resto da minha vida acabou. Não consigo trabalhar e fazer nada". disse. "Estou confiando na Justiça dos homens e de Deus", acrescentou o pai.
Ana Clara foi atropelada na Avenida Amador Rodrigues, em Pacaembu, na madrugada do dia 25 de dezembro. A adolescente de 16 anos comemorava o Natal com amigos, quando um carro veio na direção dos jovens e atingiu a menina, que foi arremessada a cerca de 15 metros do local da batida.
A polícia suspeita que um VW Gol, que está em nome de Anderson Luiz da Silva Budoia, tenha sido o carro que atropelou a adolescente. O automóvel foi apreendido na noite do acidente e estava abandonado às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros.
O delegado André Eustáquio da Fonseca diz acreditar "que o condutor do veículo tenha sido o proprietário, por isso precisa ouvi-lo". "Já foram feitas diligências, mas até o presente momento ele não foi localizado", afirmou o delegado.