O extintor automotivo chamado de ABC, que passou a ser obrigatório a partir desta quinta-feira (1°), está em falta em Presidente Prudente, de acordo com alguns gerentes de postos de combustíveis do município.
Ainda conforme os estabelecimentos, os produtos se esgotaram nos últimos dias de 2014, "já que o uso se tornou obrigatório". Os extintores pequenos custam, em média R$ 50, já os grandes chegam a R$ 120.
O equipamento é capaz de apagar incêndios de uma variedade maior de materiais. As medidas fazem parte da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A multa para quem circular sem o extintor certo é de cerca de R$ 127, além da perda de cinco pontos na carteira.
Segundo o gerente de um posto de combustíveis localizado na Avenida Manoel Goulart, Reginaldo Alves Santos, a procura pelo novo modelo cresceu muito. O estabelecimento chegou a vender mais de 500 extintores até quarta-feira (31). "Depois que começou a propaganda da nova lei, conseguimos comercializar todos os produtos que tínhamos disponíveis. No entanto, o nosso fornecedor de Araçatuba [SP] disse que não tem mais estoque para nos enviar, está em falta", afirma.
O mesmo problema enfrenta o posto de combustíveis situado na Avenida São Paulo, conforme o gerente Juliano Grigoleto Pimenta. O estabelecimento acabou de vender todos os produtos disponíveis também no último dia de 2014 e, até o momento, não conseguiu receber a encomenda dos três distribuidores de extintores de Presidente Prudente e Tupã (SP).
"A demanda é muito grande. O mercado não está preparado para essa venda do modelo ABC nesta grande proporção", diz.
Pimenta explica ainda que os estabelecimentos procuram não comprar muitos extintores com "medo" de não venderem. "Pensamos que os motoristas não iriam comprar o ABC com tamanha frequência, por isso pedimos poucos para o fornecedor. Além disso, se não vendermos os extintores logo que chegam ao posto, eles podem ser desvalorizados, por serem considerados 'mais antigos' ", explica.
A lei que exige o uso do novo extintor foi aprovada em novembro de 2009, mas foi dado o prazo de pouco mais de cinco anos para a adequação das montadoras. Desde a aprovação, todos os veículos fabricados no país possuem o modelo ABC.