Da redação
Hoje comemora-se o Dia da Não Violência, proclamado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em homenagem a Mohandas K. Gandhi, cujo assassinato ocorreu nessa data, em 1948.
Trata-se de uma iniciativa voltada à educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.
A Não violência é um termo que se refere a uma série de conceitos sobre moralidade, poder e conflitos que rejeitam completamente o uso da violência nos esforços para a conquista de objetivos sociais e políticos.
Como o termo se tornou muito abrangente, às vezes ele é visto como sinônimo de pacifismo, ou associado à passividade. Para desfazer mal-entendidos, alguns grupos preferiram adotar o termo Não violência Ativa, reforçando a posição de que é possível uma ação não violenta.
Em 2012, 112.709 pessoas morreram em situações de violência no país, segundo o Mapa da Violência 2014. O número equivale a 58,1 habitantes a cada grupo de 100 mil, e são o maior da série histórica do estudo, divulgado a cada dois anos. Desse total, 56.337 foram vítimas de homicídio, 46.051, de acidentes de transporte (que incluem aviões e barcos, além dos que ocorrem nas vias terrestres), e 10.321, de suicídios.
Segundo as estatísticas da polícia civil de Pacaembu, de agosto a dezembro de 2014, houve 36 lesões corporais (Agressões Físicas); 17 acidentes de transito; 21 furtos e um homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
De acordo com o (SIM),Sistema de Informações de Mortalidade, foram registrados entre 2002 e 2012, o número total de homicídios passou de 49.695 para 56.337, também o maior número registrado.
Os jovens foram às vítimas em 53,4% dos casos, o que mostra outra tendência diagnosticada pelo estudo: a maior vitimização de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. As taxas de homicídio nessa faixa passaram de 19,6 em 1980, para 57,6 em 2012, a cada 100 mil jovens.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, pedra fundamental de nossa moderna convivência, estabelece que: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal [...] sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Temos ainda um longo caminho para tornar realidade esse direito fundamental proclamado em 1948, mas dizia Gandhi: "Só podemos vencer o adversário com amor, nunca com o ódio".