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"O evento não é uma prioridade para Parapuã"

Samir:

Fonte: Gi
28/11/2014

Em dezembro Parapuã completa 69 anos e na última semana o prefeito Samir Alberto Pernomian anunciou a programação das festividades em comemoração ao aniversário da cidade, o que gerou diversas críticas vindas do Legislativo por conta da não realização do tradicional rodeio. O IMPACTO procurou o chefe do Executivo para falar sobre o assunto. Confira:


JORNAL IMPACTO - O que tem a declarar sobre as críticas do Legislativo pela não realização do rodeio?


SAMIR PERNOMIAN - A decisão em realizar ou não o rodeio é estritamente do prefeito. Se eu tiver que escolher entre manter a Santa Casa aberta, ter dinheiro pra comprar terreno para construir 200 moradias, comprar um terreno para ter uma empresa na cidade ou fazer manutenções no município, não vou escolher o rodeio e dar prioridade para uma festa de três dias. No momento todo o país passa por dificuldades, não apenas Parapuã. No Governo Federal há déficits e nos municípios da região também. Seria imprudente e um contra senso fazer um rodeio de portas abertas com dinheiro público. São 10.800 habitantes em Parapuã e não seriam todos que compareceriam, portanto não estaria atendendo toda população. Agora, com investimentos na Santa Casa de R$ 130 mil por mês, estarei atendendo toda comunidade. Da mesma forma se fizer as 200 casas, serão mais de mil pessoas com moradia própria. Trazendo uma empresa estarei gerando empregos. Não vou fazer rodeio, pois para administrar uma cidade precisamos definir prioridades e este evento não é prioridade para Parapuã. Se Parapuã encontra-se da forma em que está é culpa da politicagem feita durante a História do município, em que algumas pessoas querem mandar no prefeito e na forma como ele administra. Talvez até pudesse fazer o rodeio se a Prefeitura não estivesse devolvendo em dois anos R$ 336 mil para o Governo Federal de um rodeio feito em 2009 e de um carnaval realizado em 2008 pela ex-administração. Em ambos os eventos, as prestações de contas não foram aprovadas por irregularidades. São R$ 14 mil por mês que devolvemos ao Governo, um dinheiro que poderia estar em caixa até para fazer o rodeio neste ano.



IMPACTO - Diante destas dificuldades não seria o momento do Legislativo caminhar junto com o Executivo e parar de fazer críticas infundadas?



SAMIR - Iniciamos o mandato com os nove vereadores participando de reuniões com a Prefeitura. Com o tempo fomos perdendo a participação de alguns até mesmo da base. A administração é péssima e caótica apenas para alguns que tem o prazer de criticar. Mas Parapuã hoje é bem vista pela população e pela região. São mais de 10 obras distribuídas em todos os cantos da cidade. Não posso fazer o que um ou outro vereador quer, o presidente da Câmara não está fazendo nenhum favor em devolver dinheiro para a Prefeitura, já que quem repassa o dinheiro somos nós, eles são obrigados pela constituição a fazer a devolução. Eu respeito a opinião dos vereadores, mas citar rodeio na situação em que nos encontramos é um absurdo. Se querem ser oposição deveriam ser mais inteligentes, estão fazendo denúncias no Ministério Público de coisas sem cabimento. Se a piscina do clube está com a água verde não significa que ela tem dengue. � feito tratamento com cloro, deveria ter o auxílio de um filtro, porém um novo custa R$ 18 mil, que por enquanto pode esperar. São demagogias de pessoas que nunca fizeram nada para Parapuã e que onde colocaram a mão apodreceu, diferente da minha administração que tem coerência. As portas do gabinete estão abertas, até para quem sabe criticar, porque em primeiro lugar vem o município. Quem quiser ajudar basta entrar e conversar, não precisa fazer denúncias infundadas.



IMPACTO - Como avalia este déficit que ocorre nas Prefeituras e até no Governo Federal?


SAMIR - Todos os anos temos dificuldades, porém, de maio até então as coisas pioraram e não culpo os governos Federal e Estadual. Vemos que o Governo Federal não fecha as contas e o Estadual também está com dificuldades. São quedas de FPM e de ICMS que refletem em todos os órgãos. Atualmente a Prefeitura tem um gasto fixo e o arrecado hoje não é suficiente. De setembro para outubro perdemos R$ 200 mil de arrecadação. Era para estarmos em um superávit se não fosse toda a crise que o país vive. Porém, mesmo com todos esses impasses financeiros a cidade não pode parar. Todas as obras têm contra partida da Prefeitura e isso os vereadores não mostram. São creches, praças, adequações no estádio, implantação de galerias, reforma em unidades de saúde e outros. � um momento inédito para o município, com investimentos na educação com salas equipadas e alunos tendo o melhor, a Saúde faz o possível e o impossível para ter o melhor atendimento, são mais de 580 km de estradas rurais por conta do município, entre outros investimentos. Somos a única cidade do Estado a ter um investimento de 27 km do programa Melhor Caminho, foram gastos mais de R$ 300 mil só da Prefeitura, beneficiando diversos produtores que investem em Parapuã com novas granjas. Para administrar tem que ser coerente, não é criticando. O Legislativo poderia ao menos dizer a verdade já que com números não existem argumentos, não precisa ficar jogando a população contra a Prefeitura.



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