Aos 90 anos, Ermelinda Sacoman Rossato, conhecida carinhosamente por “dona Linda”, traz aos Pacaembueses sua história de vida e amor à cidade Paraíso. A pioneira nasceu em Anhumas, Estado de São Paulo e chegou em Pacaembu ainda menina, quando tinha apenas 11 anos, portanto há 79 anos.
Naquela época o cenário era bem diferente, a cidade era praticamente um sonho em construção. Segundo ela, quando chegou em Pacaembu, a cidade praticamente não existia. No centro da cidade só havia plantações de mamona, milho, arroz, feijão. Seu pai, Pedro Sacoman, junto com seus irmãos foram um dos Pioneiros e desbravaram as terras que compraram para plantar as lavouras de café. Dona Ermelinda cresceu neste ambiente de muito trabalho e simplicidade, onde aprendeu cedo o valor do esforço.
Com o tempo ela se casou com Geraldo Rossato, formando uma família grande e amorosa com sete filhos, nove netos e dois bisnetos. Além de cuidar da casa, Dona Linda dedicou-se à costura, profissão que abraçou ainda jovem e que a acompanhou por toda a vida.
“Pacaembu foi onde cresci, casei e formei minha família, e fui costureira desde mocinha. No momento não consigo fazer muitas coisas pois minha idade já não permite”, relata a Pioneira.
Embora hoje, aos 90 anos, já não consiga fazer tanto quanto antes, suas memórias permanecem vivas. Ela se lembra com carinho das pessoas que caminharam ao seu lado e das mudanças que transformaram Pacaembu na cidade que é hoje.
Mais do que uma moradora, Dona Linda é parte da história viva de Pacaembu. Sua dedicação, seja na lavoura ou como costureira, ajudou a construir não só a cidade, mas também o espírito de comunidade que define o lugar.
A senhora Ermelinda é um símbolo de perseverança e amor por sua terra, uma verdadeira Pioneira que plantou raízes profundas na história de Pacaembu.
Ela finaliza deixando-nos a seguinte mensagem:
“Trabalhar sempre e nunca perder a fé em Deus, pois Ele nunca desampara um filho seu”!