Nesta quarta-feira, 03 de dezembro, o mundo celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, uma data que convida à reflexão, à empatia e ao compromisso coletivo com a acessibilidade e a inclusão. É um lembrete de que a deficiência não diminui capacidades, valor ou dignidade e de que cada ser humano carrega em si potencial, direitos e sonhos que merecem respeito e oportunidades.
Para falar sobre o tema, conversamos com Aparecido de Almeida, de 70 anos, morador de Pacaembu, cuja vida é marcada não pela limitação, mas pela coragem e pela luz que carrega no coração.
Aparecido conta que nasceu sem deficiência, mas quando tinha um ano de idade, após uma forte febre, seus pais correram com ele para a cidade, em busca de um médico. Era tarde: a poliomielite já havia lhe deixado sequelas permanentes.
Ainda assim, ele cresceu como quem aprende a transformar desafios em asas. Frequentou a escola como qualquer outra criança, sempre animado, feliz e acolhido com respeito pela comunidade.
Casado com Jesuína, pai de Antônio e avô orgulhoso de Antony, Rafael e Evelyn, Aparecido fala dos netos com brilho nos olhos, relatando que os ama muito, destacando com a simplicidade de quem sabe que o amor é a força que move o mundo.
Ele lembra que, ao longo da vida, sempre precisou de veículos para se locomover, e hoje encontra no seu triciclo elétrico a liberdade cotidiana: vai onde precisa, leva alegria por onde passa e ainda oferece carona à esposa, companheira de todas as horas.
Com sabedoria própria de quem venceu muitas batalhas, Aparecido deixa um recado que traduz sua filosofia de vida, construída dia após dia:
“Pessoal, nunca deixem uma deficiência atrapalhar seus sonhos. Deficiente é quem deixa de viver, quem se entrega à tristeza e esquece dos momentos que Deus nos dá todos os dias. ”
E, para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, ele reforça sua mensagem de esperança:
“Não importa o tamanho da sua deficiência: viva bem, seja feliz. Nunca deixe de viver cada momento da sua vida. Deixe Deus tomar conta dessa parte… e seja feliz. ”
A história de Aparecido nos lembra que a verdadeira força não está no corpo, mas na alma que insiste em florescer – apesar de tudo, por causa de tudo, e para além de qualquer limite.
